3 de mai. de 2025

Feriadão

Quinta coloquei a casa em ordem -- já tinha tempo que não me dedicava a isso, confesso --, arrumei as coisas, puxei os móveis, varri tudo, lavei a cozinha e área de serviço, troquei a roupa de cama e banho, coloquei a máquina para bater duas vezes, lavei o banheiro. Saí só para almoçar no restaurante que passei a frequentar recentemente e percebi que a garçonete já me conhece de tanto eu ir lá. Sexta foi dia de sair e andar pelo centro. Fui comprar uma blusa de frio e aproveitei para me arriscar e procurar uma calça jeans legal (trabalho hercúleo) e dei a sorte grande de gostar da segunda calça que experimentei, que de quebra estava com um preço ótimo. Quebrei a unha, que já é curta, experimentando a calça. Andei sem rumo pelo shopping, só por andar. Comprei uma cartela de adesivos que não vou ter coragem de usar. Depois do almoço, fui em um dos meus museus favoritos, fiquei sentada no jardim um pouquinho e percebi que sinto falta demais de ter um quintal. Lavei a roupa nova. Fui no cinema: Sempre garotas (dir. Shuchi Talati). Percebi, só de noite, que esqueci de tomar meu remédio de manhã. Dormi mal. Hoje, sábado, fui no meu sebo favorito, comprei alguns calhamaços (cinco) e voltei direto pra casa porque não tinha condições de carregar aquele peso todo pelo centro. Almocei horrores. Fui no mercado. Passei um monte (um monte) de roupa enquanto ouvia uma playlist da Mitski. Desisti de ir no cinema: Mulholland Drive (dir. David Lynch). Fiquei jururu porque amanhã já é domingo e essa maré mansa vai acabar. Comecei a escrever esse negócio aqui.

Tenho que responder os comentários aqui do bloguinho, comentar nos blogs que eu leio, dar um jeito no tanto de rascunho abandonado pela metade que tem por aqui -- achei que fosse resolver isso no BEWA, mas não foi dessa vez. Tenho que colocar as leituras em dia, tenho que escrever, tenho que atualizar meu currículo, tenho que um monte de outras coisas. Mas durante esses três dias foi bom organizar a casa, cuidar das minhas coisinhas, e deixar as preocupações para segunda. No meio do caminho notei que estou começando a me sentir eu mesma outra vez, o que é uma bonança depois desse tempo todo meio desalinhada.

Amanhã, domingo, eu vou desejar que seja sábado outra vez. Talvez eu assista Nosferatu (dir. Robert Eggers).

23 de abr. de 2025

Zuma Deluxe

Recentemente, me dei conta que eu poderia pesquisar alguns dos meus jogos de infância no Steam e, quem sabe, experimentar a feliz coincidência de encontrar um deles por lá. 

Um desses jogos é o Zuma Deluxe (2003), um joguinho de puzzle no estilo combine três, o que, claro, é um grande sucesso entre a garotada mais descolada. Nele, o jogador é responsável por controlar um sapinho de pedra que lança as esferas, formando as combinações. Todo o jogo tem uma inspiração... inca? maia? e absolutamente nenhuma história, nem que meia tigela, de plano de fundo. Por que um sapo de pedra? Porque a vibe asteca? Ninguém vai te explicar.

O Deluxe é uma versão aprimorada do Zuma, e uma versão aprimorada do Zuma Deluxe, chamada Zuma's Revenge, foi lançada em 2009 com gráficos mais bonitinhos, porém sem a música que é marca registrada do jogo (vídeo abaixo), perdendo assim alguns pontos comigo. Comprei os dois por R$ 2,47 cada numa promoção, mas o preço normal é R$ 9,90 cada. Se você nunca jogou Zuma Deluxe na sua primeira infância num computador dinossauro no quarto dos seus pais, recomendo esperar alguma promoção, caso queira jogar.

 
Eu nunca assisti Friends.

[post resgatado do limbo da pasta de rascunhos para o BEWA 2025]

1 de abr. de 2025

BEWA 2025

Hoje é primeiro de Abril e esse é o segundo post do ano (deus do céu, o que está acontecendo?). A Lana do PorceLana está organizando a segunda edição do BEDA semanal -- o BEWA. Eu participei do primeiro e desde o início do ano já estava pensando nos quatro posts do mês, mas é claro que não rascunhei nem planejei nada. Vai ser tudo no susto mesmo, mas há de dar certo. Vai ser a oportunidade perfeita para dar andamento a alguns dos dezesseis (!!!) posts que estão no limbo da pasta de rascunhos.

31 de jan. de 2025

Um ano no litoral

Hoje, 31 de janeiro, faz um ano desde minha primeira postagem nesse bloguinho. Na época, ter um blog era algo que eu queria fazia um tempo, mas vivia adiando por insegurança. Pra que um blog? O que eu vou postar? E quem é que vai ler? Bom, quis um blog porque acho divertido. Posto o que der na telha, e tudo bem se os meus posts são só sobre uma bobeirinha que eu vi e gostei e não uma resenha estupenda ou um texto sublime. E quem lê é você.

Achei que seria legal deixar registrado os cinco posts mais lidos do ano. Tiveram alguns empates, então tecnicamente são os sete posts mais lidos do ano. Foi engraçado perceber que os três posts mais populares (primeiro e segundo lugares) foram os menos planejados e os que eu escrevi mais rápido.

1. AGF / Giselle mad scene

2. Sem título

3. O diabo disfarçado de mulher 

4. Os melhores "Melhores do Ano" de 2024 / I'm in the pleasure business

5. Leitura de outubro (sim, no singular)

Queria agradecer a quem tira um tempinho para passar por aqui e ler o que eu escrevo, saiba que fico muito agradecida, mesmo. Também queria pedir desculpa por essa ausência -- que nem é tão grande assim, considerando que o último post é de 26 de dezembro, mas para mim parece que foi há mais tempo. Janeiro é sempre um mês tão longo...

26 de dez. de 2024

Os melhores "Melhores do Ano" de 2024

Eu tinha pensado em fazer uma lista das melhores leituras do ano, ou talvez dos melhores filmes, mas no final das contas tive a brilhante ideia de deixar esse trabalho de retrospectiva pros outros e simplesmente listar as melhores (e/ou mais conceituadas/populares) listas de melhores do ano. Praticidade é tudo!

 

Os Melhores Livros de 2024, Quatro Cinco Um 

A Quatro Cinco Um, a revista dos livros, perguntou para 180 colaboradores quais foram os melhores lançamentos do ano. Ela não forneceu uma lista preliminar, o que é legal porque amplia as possibilidades de respostas, mas o que é ruim porque resultou num monte de livro com 1 votinho só. É por causa dessa lista que eu estou doida para ler O homem não existe: masculinidade, desejo e ficção, da Ligia Gonçalves Diniz.

Os mais lidos de 2024, Portal da Crônica Brasileira

No início do mês o Guilherme Tauil postou no Portal quais foram os autores e as crônicas mais acessadas do ano. Das favoritas do público, destaco "O padeiro", do Rubem Braga (meu queridinho e queridinho de muita gente também, já que ficou com o primeiro lugar na categoria perfil mais acessado).

The Best Movie Posters of 2024, MUBI

Aparentemente, na MUBI eles têm um movie poster columnist -- ou seja, o emprego dos sonhos: é tipo a Carrie Bradshaw se ela fosse cinéfila. Não dá pra viver só disso, claro, assim como a gente sabe que não tinha como a Carrie se manter na NY dos anos 1990/2000 tendo só uma coluna de jornal sobre sexo, mas a gente pode sonhar. O Adrian Curry -- o movie poster columnist -- reuniu os melhores designs do ano, tradição que ele tem desde 2009, pelo menos. Atenção para o poster de Retratos Fantasmas (dir. Kleber Mendonça Filho) em sexto lugar. Brasil-sil-sil!!

The 10 Best Books of 2024, The New York Times

Um tempinho atrás o NYT lançou uma lista com os 100 melhores livros do século. Agora foi a vez dos 10 melhores do ano, que foram escolhidos pela própria equipe do jornal. Lá no finalzinho da página tem outras listas de 10 melhores livros -- os 10 melhores livros de romance, thriller, etc, etc.

Goodreads Choice Awards 2024, Goodreads

Desde 2011 o Goodreads escuta a voz do povo e organiza uma votação para eleger os melhores livros do ano, divididos em suas respectivas categorias. A votação de 2024 angariou 6,261,936 votos (!!!) e elegeu um monte de livro que eu não conheço. Também foi aqui que eu descobri que, pelo jeito, romantasy é um gênero literário agora.

Hodges Figgis' Book of the Year, Hodges Figgis Booksellers

A Hodges Figgis é, simplesmente, a livraria mais antiga da Irlanda, fundada em 1768. Eles organizaram a lista de melhores do ano em três categorias: Livro do Ano, Livro Irlandês do Ano e Livro Infantil do Ano. Até aqui eu tentei ser cuidadosa ao explicar como cada publicação fez para construir sua lista, mas não encontrei muito sobre como a Hodges Figgis escolheu os vencedores. Graças a eles descobri que o Colm Tóibín lançou, agora no final do ano, uma continuação de Brooklyn que estou ansiosa para ler.