22 de fev. de 2024

Aquisições de fevereiro

O início de Fevereiro foi xoxo, fraco, manco, anêmico, frágil e inconsistente. Para tentar contornar essa situação eu acabei adquirindo várias coisinhas tendo como justificativa o fato de que eu já vinha procurando por elas faz um tempo (verdade) e que se eu não comprasse agora iria perder a oportunidade (também verdade). E o pior é que não seria a primeira oportunidade perdida (é incrível que eu não sou a única pessoa disposta a torrar dinheiro com DVD de série britânica de 30 anos atrás).

Para que eu possa me organizar melhor, os itens vão estar listados em ordem de chegada. É a primeira vez que eu registro os livros que eu adquiro ao longo do ano, e já sei que vai ser vergonhoso quando eu comparar quantos livros eu comprei vs. quantos eu li. Ai ai.

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Livros

1. The Complete Brambly Hedge, Jill Barklem. Esse tecnicamente foi adquirido em Março, mas como só chegou em Fevereiro (no dia 1º!) ele vai entrar nessa lista aqui. Conheci as ilustrações da Jill Barklem através do Pinterest e desde então sou apaixonada. Vira e volta eu procurava por algum livro dela à venda aqui no Brasil, mas nunca achava. Ela não foi traduzida aqui e pelo jeito não é muito popular por essas bandas. Mas um dia, por um acaso, encontrei essa belezinha à venda no Enjoei (o último lugar que eu esperaria encontrar). The Complete Brambly Hedge reúne os oito livros da série Brambly Hedge e é uma lindeza só. Pretendo, eventualmente, fazer um post só para ele.

2. The Bell Jar, Sylvia Plath. Eu tenho a edição brasileira da Biblioteca Azul (trad. Chico Mattoso), comecei a ler uma vez e nunca terminei. Aí cismei que lendo em inglês eu iria terminar. Vamos ver. Lá da Estante Virtual.

3. Mists of Avalon, Marion Zimmer Bradley. Uma das minhas leituras favoritas dos meus anos de pré adolescentezinha foi Avalon High, da Meg Cabot, que é baseado na lenda do Rei Arthur. Apesar de ter lido esse livro milhões de vezes nos meus anos formativos, nunca me interessei em nada relacionado à lenda. Mists of Avalon é um clássico do gênero fantasia histórica e nem mesmo meu desinteresse poderia fazer com que eu nunca tivesse ouvido falar dele. Lembrei dele um dia desses e resolvi dar uma chance. Lá da EV.

4. Oppenheimer: the complete screenplay, Christopher Nolan. Em várias entrevistas o elenco de Oppenheimer comentava o quanto o roteiro é magnífico, e eu acabei ficando curiosa, ainda mais quando o Cillian Murphy disse que é todo em primeira pessoa. Então vamos ver o que eu, que nunca li um roteiro na vida, tenho a dizer a respeito. Comprado no site da Travessa.

5. História da solidão e dos solitários, Georges Minois. Durante algumas idas à livraria eu dava uma olhadinha nesse aqui, mas não comprava. Achei com um preço melhor na EV e foi o incentivo que eu precisava.

6. O século da solidão, Noreena Hertz. Eu tinha pesquisado o livro anterior e esse aqui sempre aparecia como similar. Comprei achando que não fosse gostar tanto dele quanto o do Georges Minois, mas, depois de dar uma folheada e ler os índices, acabei gostando mais desse aqui. Vamos ver se depois da leitura a opinião vai se manter. Lá da EV.

7. Avalon High, Meg Cabot. Vide o número 3 dessa lista. A última vez que reli Avalon High foi em 2022, depois de muitos anos da última releitura, e ele continuou sendo um ótimo livro de pré adolescente. Comprei mais por nostalgia e também porque da próxima vez que eu reler (é inevitável) não quero ler em tela. Da EV.

8. Jane Austen Cover to Cover: 200 Years of Classic Covers, Margaret C. Sullivan. Esse aqui foi um achado lá no Enjoei, ainda mais levando em consideração que eu nem estava procurando por ele. É um livro lindíssimo compilando algumas (muitas) das capas de edições da obra da Jane Austen. Eu tenho cogitado começar a colecionar edições de Pride and Prejudice e agora já sei que esse livro vai ser uma grande ajuda (e influência) nessa saga. Também penso em fazer um post separado para ele.


DVDs

1. North & South de Elizabeth Gaskell, BBC. Assisti North and South duas vezes, e ambas as vezes foram no YouTube e com uma qualidade de imagem baixíssima. Parece que as produções da BBC em mídia física não circularam muito aqui no Brasil, porque não é sempre que aparece por aí para comprar (pelo menos o original…), geralmente com um preço meio salgado para um DVD duplo. Às vezes também acontece de aparecer a versão importada, mas eu queria com legenda e com legenda só a versão brasileira. Achei esse aqui no Enjoei e fiquei super satisfeita, já que tinha perdido uma oportunidade de comprar ele anteriormente.

2. Orgulho & Preconceito, BBC. Também assisti esse aqui no YouTube com uma qualidade porca (e no celular, ainda por cima). Estava querendo rever, então estava de olho para quando aparecesse uma chance de comprar. Isso não impediu que eu também perdesse uma oportunidade, igual no caso de North and South. Do Enjoei.

3. Emma, BBC. Nunca vi essa versão de Emma, mas no fã clube da Jane Austen muita gente diz que é a melhor. Estava com o preço ótimo então resolvi arriscar. Do Enjoei também. Agora que tenho duas produções austenianas da BBC, vou ficar de olho nas outras...

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Foi um post longo, pois é, por isso já estou publicando hoje: nada de comprar mais livros até o fim do mês. Arrivederci.

8 de fev. de 2024

Aquisições de janeiro

1. O Nome da Rosa, Umberto Eco. Um achado no sebo, livro de saldão novíssimo. Devo confessar que já li o Pós-Escrito a O Nome da Rosa, mas nunca li O Nome da Rosa. Foi comprado exatamente para um dia eu não ter mais que fazer uma confissão dessas.

2. Pois é, Paulo Rónai. Livro de saldão também do mesmo sebo. Eu tenho o Escola de tradutores (outro livro de saldão também do mesmo sebo) que eu ainda não li. Comprei para eles fazerem companhia um ao outro na estante.

3. Nineteen Eighty-Four, George Orwell. Depois de ler Animal Farm eu tinha que comprar 1984 para ler o outro grande clássico do Orwell. Né? Comprado na livraria do shopping.

4. Pride and Prejudice, Jane Austen (Penguin Classics). A minha edição de Pride and Prejudice é uma maravilhosa da Oxford World's Classics (recomendo demais). Quis comprar a edição da Penguin porque fiquei curiosa a respeito dos paratextos. Na próxima vez que eu reler P&P vou ler essa edição. Comprado na Estante Virtual.

5. Pride and Prejudice, Jane Austen (Penguin Popular Classics). Quis uma versão de bolso para carregar por aí. Lá da EV.

6. Pride and Prejudice, Jane Austen. Fui conquistada pela capa (um still belíssimo do filme de 2005) e, enquanto eu estava distraída com a Keira Knightley e o Matthew Macfadyen, não vi as letrinhas miúdas abaixo do título que dizem "Abridged version to accompany the Penguin Audiobook". Shame on me. Mas, em minha defesa, a foto na EV é pequenininha. Sem mais comentários.

2 de fev. de 2024

Leituras de janeiro

Está liberadíssimo fazer postagem de janeiro em fevereiro. 

Em janeiro, li três livros. É um número que eu considero baixo (para mim), ainda mais levando em consideração que li os dois primeiros na primeira semana do mês e depois disso meu ritmo de leitura despencou drasticamente. Ainda assim, espero conseguir manter três livros por mês como um mínimo para o resto do ano.

1. Animal Farm, George Orwell

Do Orwell eu havia lido apenas duas antologias de ensaios, Some Thoughts on the Common Toad e Books v. Cigarettes (ambos merecem resenhas, fica pra próxima). Gostei horrores dos ensaios, mas confesso que não lembro se Animal Farm parou na minha estante depois ou antes de eu ter lido eles (inclusive, estou tentando lembrar onde comprei ele e não faço a mínima ideia, só sei que foi em sebo). De qualquer forma, Animal Farm é um clássico e sempre acho meio complicadinho falar sobre os clássicos, é algo que ainda tenho que superar.

A edição que eu tenho é da Penguin English Library, que recomendo por conta dos dois paratextos presentes: o primeiro é uma proposta de prefácio do livro, assinada pelo próprio Orwell, que não foi publicada na primeira edição (de 1945), mas cujo texto datilografado foi posteriormente encontrado e publicado em 1972. O segundo texto é o prefácio da edição ucraniana -- da qual Orwell não recebeu os royalts, já que ele os recusava quando a edição era uma tradução voltada para um público que, em geral, não tinha condições financeiras de comprá-la. Um detalhe curioso é que o original em inglês desse prefácio foi perdido, então tiveram que traduzir a tradução do ucraniano de volta para o inglês.

Orwell entrou no domínio público em 2021, e se antes disso já tínhamos algumas traduções brasileiras, agora temos uma porção: Melhoramentos, Antofágica, Companhia das Letras, Buzz, Biblioteca Azul, Martin Claret... só para citar algumas das editoras que (re)lançaram uma edição em 2021. Não sei qual recomendar pois desconheço todas, mas deixo a sugestão de, caso não seja possível a leitura do inglês, procurar pela tradução desses dois prefácios.

 

2. O menino do dedo verde, Maurice Druon (trad. D. Marcos Barbosa)

Esse estava pegando poeira na minha estante há anos (uns 15, sem exageros). A minha edição é a 81ª, de 2007, e pelo jeito em 2017 a José Olympio reeditou a obra, que já não conta mais com as ilustrações da Marie Louise Nery (lindíssimas). A tradução é do D. Marcos Barbosa, que também traduziu O Pequeno Príncipe. Não vou ficar dando muitas voltas aqui, não tenho muito o que falar. Foi bonito, sim, e é o tipo de livro que vale a pena ler quando criança para depois revisitar, quando adulto.


3. O Melhor de Caio Fernando Abreu, Caio Fernando Abreu

Ótima seleção de textos do Caio F. feita pela editora Nova Fronteira. Para ficar completinha mesmo faltou só a novela "Pela noite", que, na minha opinião, é o Caio no auge, mas entendo que a novela é grandinha e o objetivo do livro é reunir somente os contos e crônicas. Destaque para os contos "O Príncipe Sapo" (o primeiro texto que ele publicou!), "Aqueles dois" e "Linda, um história horrível", a crônica "Agostos por dentro" e as duas cartas para além do muro (clássicas).

Vira e volta ouço comentarem que o Caio vive sendo citado em redes sociais, que é um autor que sempre tem uma frasezinha para legenda de foto e por isso já está batido. Vou ser honesta, nunca vi. Ou é porque já tem anos eu não uso rede social direito, ou é porque meus colegas não leram o Caio para ficar citando por aí. De qualquer forma, acho o Caio F. ótimo, principalmente os trabalhos em que ele já tinha alcançado sua maturidade como escritor (como em "Pela noite"!).

E, na verdade, essa foi um releitura. Anos atrás, esse livro foi um dos primeiros contatos que eu tive com o Caio F., junto com a trilogia de antologias O essencial da década de 70/80/90, outra seleção também ótima da Nova Fronteira ("Pela noite" está na década de 90!). Bizarro pensar que fazem quase dez anos que o li pela primeira vez. O legal foi que, na primeira leitura, deixei marcado no índice os meus textos favoritos, que foram 11 no total. Desses 11, na leitura atual, considerei favoritos apenas 3, mas, em compensação, amei outros 6 que nem me lembrava de já ter lido um dia. A conta ficou negativa, eu sei, mas acontece que eu fiquei mais chata também.

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Ohh, primeiro post de leituras do ano. Primeiro do blog também. Era para ter uma fotinho dos livros, mas não foi dessa vez não, desculpa. Não estava no pique de tirar foto, editar foto, não gostar da foto, tirar outra foto, etc (péssima blogueirinha). Também não era para os comentários terem ficado tão extensos, mas não quis fazer um post separado para cada um, já estamos em fevereiro e quero pensar nos livros de fevereiro. O plano é: os livros que eu achar que tenho o suficiente para uma resenha independente vão ter um post próprio, o resto vai ter que se contentar com um comentariozinho no post do mês mesmo. Em breve as aquisições de janeiro. Au revoir.