6 de abr. de 2024

[BEDA 2024] Tirando a poeira da estante: os próximos livros que quero ler

Eu compro muitos livros, sim. Esse ano finalmente vou ficar sabendo o quanto. E quando eu comparar com a quantidade de livros que li, sei que vai ser vergonhoso. Eu gosto de boas traduções, boas edições. Bons sebos, bons preços... E acontece de, às vezes, algum livro ficar encalhado na estante de casa. Não acho que seja um grande problema. Se bem cuidado, um livro na estante pode durar bastante tempo, até. Os livros que compro geralmente são ligados a assuntos que já tenho interesse, ou autores que já conheço, ou autores que são influência de autores que já conheço... raramente compro coisas às cegas então, mesmo depois de anos pegando poeira, os livros que tenho continuam a me interessar. 

Achei legal fazer uma listinha de livros que estão na estante faz um tempo, mas que ainda tenho que ler. Seria bom ler todo mundo esse ano, vamos ver se consigo.

Norwegian Folk Tales, Peter Christen Asbjørnsen e Jørgen Moe. Um tempo atrás descobri o conto norueguês East of the Sun and West of the Moon, que geralmente é tratado como uma narrativa que formou-se através do mito de Cupido e Psiquê, um dos meus favoritos de todos os tempos. Além disso, eu cresci com o Literatura oral para a infância e a juventude, da Henriqueta Lisboa, que foi um livro que marcou bastante meus anos formativos. Achei uma boa conhecer mais sobre o folclore de outra gente, mas acabou que comprei ele e não li. Acho que foi no ano passado? Retrasado? Pelo o que sei, o Peter Christen Asbjørnsen é um dos grandes nomes quando se trata do folclore noruegês.

- Diários: 1909-1923, Franz Kafka. Esse eu comprei acho que logo quando foi lançado. É uma edição bem cuidadosa da Todavia. Acho que o diário do Kafka é um dos mais populares entre os diários de escritores, isso se ele não for o mais popular. Não tenho uma opinião 100% formada a respeito da discussão de se é ético ou não sair por aí publicando diários e outros escritos pessoais de gente que já se foi, mas acontece que eu acho tão divertido livros de correspondências ou diários...

- Chega de saudade: a história e as histórias da bossa nova, Ruy Castro. Sou fã demais do Ruy Castro, apesar de, por enquanto, ter lido pouca coisa dele. O Ruy tem uma escrita bem acessível e, apesar dos vários nomes que formam a história da bossa nova, os relatos que ele traz nunca ficam confusos. Em A onda que se ergueu do mar, um dos que eu li, ele conta sobre uma entrevista que ele fez com o Tom Jobim, logo após o Tom ter gravado com o Frank Sinatra... A inveja mata, gente... E, pelo o que vi, A onda que se ergueu do mar é tido como continuação de Chega de Saudade. Imagina ter entrevistado o Tom Jobim e deixar isso prum outro livro?

- A mulher calada: Sylvia Plath, Ted Hudges e os limites da biografia, Janet Malcolm. Esse eu comprei um milhão de anos atrás, antes mesmo de ter lido Sylvia Plath. A compra foi motivada, em geral, porque meu interesse em biografias se dá mais pelo processo de escrever uma do que pela biografia em si. Agora que eu finalmente li The Bell Jar já não tenho mais desculpa para enrolar mais ainda a leitura desse aqui.

- North & South, Elizabeth Gaskell. Eu já comentei brevemente sobre quando assisti North & South, adaptado pela BBC. Fiquei apaixonada, etc etc, e logo depois encontrei esse paperback super acessível ($) da Wordsworth Editions dando bobeira na Travessa. Um no-brainer, como dizem por aí. Eu cheguei a começar a ler durante uma viagem, mas não dei continuidade. Vou dar uma nova chance para ele, claro, porque na época que eu abandonei ele eu estava lendo pouco mesmo. Nunca li nada da Gaskell então, além do enredo da série, não faço muita ideia do que esperar.
 

2 comentários:

  1. É interessante que sempre uma leitura puxa outra por algum motivo, seja citação direta ou por terem temas semelhantes que gera uma cadeia sem fim de livros para ler depois. Adorei conhecer seus interesses, não conhecia nenhum desses livros.

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    1. Com certeza! A lista de leitura só cresce. Que bom que gostou, fico feliz de ter apresentado algo novo. Até!

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