No intervalo do concerto fiquei em pé, sozinha, me sentindo meio estúpida enquanto segurava uma dose de whiskey irlandês generosa demais para mim, que não sou de beber. Esse tipo de coisa faz parte da experiência, então quando a moça perguntou aceita? eu disse claro, sim, obrigada e pelo menos passei a ter um copinho plástico para ocupar as mãos. Tentei me distrair olhando os outros, gente que colocava o whiskey pra dentro com muito mais facilidade do que eu, mas não consegui achar nada interessante e foi um alívio quando o intervalo chegou ao fim. No caminho de volta para casa, eu não conseguia parar de admirar essa liberdade, liberdade de poder sair e andar por aí e ouvir música e beber e ver lugares novos: ontem nunca estive aqui, hoje olho para a copa destas árvores e amanhã não vou mais poder andar por esta rua pela primeira vez.
Comecei a pensar neste post de volta ao auditório, depois de vitoriosamente terminar minha dose. Escrevo ele agora, e você o lê no meu futuro.
achei diva behavior terminar sua dose de whiskey, eu acho tão tenebroso de ruim que meu máximo é só um golinho mesmo
ResponderExcluirbeijinhos, nanaview 💌
que escrita deliciosa <3 às vezes a gente esquece a liberdade boa que tem né
ResponderExcluirSenti daqui a sua liberdade! Tenho desejado muito viver momentos assim, obrigada pela inspiração dona Litorais, a senhora está servindo ondas de renovação.
ResponderExcluirGarota do 330